Ah, eu não sou feita só de angústia. Já me vi bem diferente do que estou hoje e fico esperando que tudo isso passe, porque parece interminável. Sempre fico me perguntando as razões pra isso ou pra aquilo, quando na verdade descubro que não entendo nada. Uso um falar distante de querer ser entendido, perguntas estranhas e momentos de tristeza extrema.
Adendo: Francamente, proponho às pessoas que elas sejam mais racionais ou menos emocionais, como queira. Mas admito que nem eu consigo. Por isso, procurei saber sobre coisas interessantes, só pra ver se arrastava alguém por aqui, mas acabei por descobrir que odeio as idéias "construtivas" de algumas pessoas racionais que conheço, que acreditam que não se deve falar sobre a existência ou sobre as emoções, porque os assuntos mais importantes são os coletivos. E quem vai negar uma pontinha de escuridão durante o percurso da vida e uma vontade inevitável de ser escutada *ou lida*? E por isso não desisto.
Tentei ligar para todos os irmãos, pai, mãe e tia, só que fui desistindo aos poucos porque sentia uma certeza que não conseguiria falar nada. Todos estão lá e eu cá com minhas indagações. Só posso então falar aqui, porque serão conduzidas ao nada. Quem sabe ele responda pra mim. Não escrevo para que os amigos vejam o que não consigo dizer pessoalmente, talvez seja a forma mais concreta do que sou.. Mais sincera, menos fujona. Enfim, não consegui me abrir a ninguém e meu defeito talvez seja esse. Disse bem, talvez.
Não tenho assunto pra dizer, já faz mais de meia hora que digito, digito e apago.
O que tenho pra falar, depois de tanta digressão, é que me sinto sinceramente apagada.
Não sei se fui eu sozinha que conduzi a isto, mas sinto muito pelo que anda acontecendo e pelo que eu não sei responder, como falei no começo desse post.
Mais um lamento meu, a insegurança ao afirmar o que penso. E o que eu sinto, realmente não sei dizer. Pura ignorância.
O que me protege talvez seja o acaso, porque convivo com pessoas que não se importam com esse aspecto da discussão e isso facilita todo o desentendimento. Deve ter alguém no mundo como eu, que busque uma resposta ou uma via que facilite essa resposta. E a intenção não é nem encontrar isto ou aquilo, mas escapar ao que me consome.
Todo espetáculo é mero instrumento pra que estejamos absortos e não vejamos o que há de mais exato e descomplicado embaixo do nosso nariz. E não paro de olhar.
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