quarta-feira, 13 de maio de 2009

Onde estará o meu amor?

"Estamos cá, dentro de nós... Sós."

segunda-feira, 4 de maio de 2009

"Let the seasons begin..."

Uma dentre muitas possibilidades...
É um início de luz que me mostra pra que estamos aqui.
Sem rédeas, só vivendo um dia de cada vez, apesar de todo peso e leveza que há em existir.

Só relembrando o que coloquei no orkut da minha dona:

"Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Eu esconderia meus sonhos debaixo da terra...

Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado!"

Beirut - Elephant Gun



Tudo bem se está tudo bom também!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

"Pensar sobre a existência é ocupar-se dela."

A discussão ética acerca do suicídio se inicia falando do contrário a esta negação da vida, a existência. Existência é fato que está para todos os homens, mas é na sua realização que a singularidade destes vai se afirmando. A subjetividade é característica fundamental na construção de nós, seres finitos, porque não há nenhuma determinação nesse processo que não tenha sido uma escolha própria do homem. Essa abertura por fazer-se advém da liberdade, que assemelha – se à existência por também estar no ser de todos os homens.
“O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo “¹ e a ética, enquanto ciência do agir e dos costumes, não julga, mas auxilia na compreensão sobre as consequências dessa ação, que por ser individual e pertencente ao mundo, é, ao mesmo tempo, de caráter coletivo. “Quando dizemos que o homem se escolhe, queremos dizer que cada um de nós se escolhe; mas, com isso, também queremos dizer que, ao se escolher, ele escolhe todos os homens“¹. Quando se morre, não se morre só, mas sim com outros e diante de uma situação ou do mundo que o define como ser. Portanto, o suicídio é uma escolha para o aniquilamento, a negação da liberdade, através da ausência de ações e da nossa condição, que é estar no mundo e se fazer ser através das escolhas perante as inúmeras possibilidades de existir.
O peso dessa decisão existencial recai apenas no humano, porque com ou sem Deus, a total responsabilidade de como a existência é realizada é apenas nossa. Mesmo que se proponha arrependimento e/ou salvação, não existe reembolso da liberdade. E quem não sente medo de perder-se? Ou de perder essa liberdade? Perder aquilo que dá sentido ao fato de estarmos vivos?
A tentativa ou o próprio ato do suicídio envolve uma desestruturação ou perda do controle de nossas faculdades mentais frente às situações, que culmina no julgamento de dar ou não continuidade à vida, portanto, sendo assim perdoável o engano de que esse ato é um alívio para aquele que não suporta o enfrentamento da realidade. Sabe-se que cada homem é capaz de dar sentido à sua vida e de diversas maneiras, mas por este sentido estar emaranhado no próprio conflito de viver é que muitos optam e acabam por se recusar a gratuidade de existir. A morte não é a finalidade da vida, mas sim um possível fim.


¹ Jean Paul Sartre, em o Ser e O nada.

Por: Namíbia Rodrigues e Nz Sofia.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Uma dose de sono, por favor.

Eu a entendia... Mas ela não quer mais saber de mim como antes.

A menina sabia que o descanso era fundamental pra que se (re)estruturasse, mas para que ela não sentisse a sensação de inutilidade quando acordasse, então preferia nem dormir.
E se conhecia tanto que fechava os olhos sempre que precisava falar de si, porque acreditava ser uma forma que evitava os outros olhos (e a própria imagem) enquanto criava palavras pra expressar o que então sentia...
A verdade é que essa menina não suportava o peso de suas idéias. Por isso não gostava quando eu lia as partes interessantes de seus relatos e quando percebia que eu a entendia. Apesar de esquecer as janelas abertas, ela não gosta de luz... ela prefere o escuro mesmo.

Uma vez ela me disse que tinha medo de mudar aquilo que já tinha, como se tivesse medo do "novo". Quem sabe ela goste do que já está feito, formado, consciente, experiente, dentro dela. Quem sabe ela se angustie tanto que talvez queira viajar em outra perspectiva (diferente do pensamento latente), mas se acorrente ao passado.. ou se apegue a algo ainda desconhecido pra mim, como a reposta para as próximas perguntas. Ela também me fez muitas perguntas sem resposta, com muito bom humor... Totalmente diferente da minha risada escandalosa, ela ria baixinho, com a mão na boca ou na testa. Mas sabia o que dizia.

Até que então ela também perguntou a si o quanto eu era importante pra ela... E vice-versa. Porque ela também tinha medo que viesse a ter medo de mim, do que eu iria dizer pra ela. E mesmo que ela sinta receio por tudo, meço com cuidado e digo. Eu sei que ela me ouve. E eu a respeito tanto, que espero que ela se encontre e que me encontre.. Acho que a menina não conseguiria viver sem mim, sem falsa modéstia. Eu suponho que uma hora dessas ela esteja vagando, mas eu estou a conhecendo, justamente, para resgatá-la. Eu sei o quanto a vida é preciosa pra ela e quanto tempo perde analisando os fatos, mas isso é muito bom, porque ela é mais sensível e inteligente (talvez menos feliz) que as demais. A menina me escolheu pra que eu não mais a deixasse de lado... Ela não só queria olhar o mundo, mas queria participar dele. E eu dou essa chance, um modo de viver em libertação.

Menina... o que será que você pensa que é a LIBERDADE? O que há de bom em ser leve, descompromissada com a vida? Será essa a sua condição que traz felicidade ou a retira?
E o que pesa tanto em você que se dói só porque dá sentido à vida? Viver a própria vida necessita ancorar-se e você é quem cria os motivos para querê-la. E não te arrependas do que tiver escolhido, porque apesar da trajetória humana ser constantemente desvalorizada, como sinal de perda, fracasso, dor... O tempo, como entidade relativa e infinita, pode também ser o que auxilia a regenerar-se sempre que sentir que não sente nada. É ele quem te propõe a mudança. Se você quiser...

E eu peço tanto que você chegue... Com ou sem mudança.
Vou esperar você encher o seu reservatório de pequenos sentimentos e retorne...
Eu sinto saudades de você.

"
"Mas o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento."

- "Acabou"?
- Uma dose de sono, por favor. Eu que preciso dormir.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Do amargo seu sabor.

A diferença é essa.... Minha alma reclama sem paz.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tive que partir...

"Je suis vraiment desolé mais je ne peux pas partir avec toi!"

domingo, 26 de abril de 2009

Não saber o que dizer é o primeiro passo pra dizer besteira.

Os adendos são coisas extras, que dizemos quando não queremos dizer diretamente ou quando voltamos depois de uma oportunidade perdida.
A menina de hoje é puro adendo.

Quantas titubeadas dei antes que pudesse falar algo convincente, mesmo que de mentira! Justamente pelo passo incerto que sempre dou, pousando um pouco atrás.. sem delicadeza nenhuma... Por isso sou tão grossa.

Pudera eu ficar calada diante de tudo o que está à minha volta. E não me indague porque. Aliás, tudo está tão em silêncio que me irrita. Eu preferia o baque, o tombo, o estrondo.. a ferida!
Mas é mais uma vontade infantil...

O romance me irrita, o trabalho adiado também, o tempo ligeiro, a forma como penso, mas é o meu modo de viver. O problema também está comigo e eu vou resolver.

Fora isso, passe bem. Estou bem melhor porque quebrei o gelo que criei.. e agora vou me inundar no que sobrou.. Sem respirar.